quarta-feira, dezembro 02, 2009

Eu ouço a noite se anunciar aos poucos inserindo pedaço por pedaço todas as coisas que lhe são particulares e se impondo ao mundo.

Neste minuto já não sou eu.E o que posso afirmar é que (inexplicavelmente) teu beijo teu sexo e teu corpo se tornam canções de ninar.

terça-feira, novembro 17, 2009

epílogos.

epílogo 1:Não me dêem flores.Me dêem sementes.Pois é como planta,(que brota do chão) que estou aprendendo a nascer (de novo).


epílogo 2:Hão de dizer um dia que ela era louca.Que não terminava uma única coisa a qual se propunha.Que mudava.Que se barbarizava em furacões existenciais.E graças a Deus estarão sumariamente corretos.Eu um dia existi aqui.


epílogo3:seu verbete era como lacre para minhas atitudes.me paralizava antes mesmo de acontecer.eu entendia por um olhar:não pare ,não precipite, não fuja de nós dois.de novo.

sexta-feira, junho 19, 2009

pode ser..

levantando probabilidades.

pode ser só a falta do que se deseja
ou mesmo a falta do desejo em essência
pode ser só a ausência do que se espera
ou mesmo a falta de vigor para esperar
pode ser só os dedos deslizando em letras
ou mesmo a falta do que dizer
pode ser só a falta da falta.
ou mesmo a falta do que sentir falta.

recover?

sexta-feira, junho 12, 2009

Ao fim de um dia.

Dois sorrisos mudos foi a última coisa que se ouviu depois da porta batida, a chave passada na fechadura e a certeza de que não haveria ninguém para bater a porta ou interromper os planos para aquela madrugada.

terça-feira, junho 09, 2009

Síndrome de Sininho

O comum salta aos olhos ás vezes como uma realidade que há tanto tempo havia sido escondida esperando o momento certo de ser revelada. E de repente você se vê diante de si mesmo num espelho que te persegue pelas ruas aonde nem mesmo uma sombra consegue ser vista.
Tudo começa assim. Com era uma vez, pois todas as linhas daqui já se foram.
Sonhava e via o mundo de uma maneira simplória e concisa. Não era difícil enganar os seus próprios olhos confusos que buscavam respostas para os demais sentidos. Um dia dormiu. Precisava deixar-se cegar para saber o que procurava, pois seu olhar tolo de criança não lhe dava resposta que a mente pronunciando a maturidade precisava. Talvez o sono lhe acalmasse o peito e a busca. Sonhou. Foi tão longe que pode ver a essência do canto mais escondido de seu subconsciente. Reluzia então a voz sem forma que lhe dizia: estou aqui!
Acordou com os ecos da voz quase celestial que teimavam em repetir: eu estou aqui. O medo era evidente diante do atordoamento daquilo que lhe chamava tanto o coração, pois o novo que bagunça o óbvio cotidiano é assustador. A mudança é assustadora. Continuou a viver o óbvio e ignorou os sonhos.
Mas os sonhos não podiam ignorá-lo.
Continuou sonhando todas as noites com aquilo que não sabia explicar o que era. Tentou escrever, poetizar, falar com os amigos e não obtinha sucesso em nada. Não conseguia se auto explicar, pois sequer se entendia.
A noite, um dia, lhe convidou novamente ao descanso. Dormiu. E a voz sem forma personificou-se naquilo que temia. O amor próximo que convida que acalenta que lhe dá apoio sem lhe querer tomar a alma. O colo, a proteção e o convite eterno da ternura de um ser que estava sempre ao seu lado e não lhe cobrava a essência ou a juventude e queria somente a sua presença, sua voz, seu jeito e coisas pessoais que cada um tem como uma espécie de assinatura.
Descobriu-se doente terminal de síndrome de sininho.
Voltou a dormir e desistiu de parar de sonhar.

sexta-feira, junho 05, 2009

Compreendo sua fala colocada seus gestos econômicos e suas tantas outras miudezas.A miudeza a por a quantidade correta de pasta na escova, de não sair nem um minuto a mais nem um minuto a menos do que deveria sair de casa, na quantidade certa de creme no cabelo e no corpo.Só não compreendo a tua falta de parcimônia em precisar a precisão.Tinha gritado a tarde inteira consigo mesma como se quisesse se convencer de que o grito podia mesmo sair da boca.ficou rouca.não conseguiu mais se convencer de que podia se ouvir.enlouqueceu.e morreu achando que estava surda.

Como em um diário pingo coisas cotidianas agora.celerismo do coração a ausência de movimentos e algo parecido com não sei o quê.Uma vontadezinha de sumir para um lugar que eu não conheço.Ainda.

Saudades de poder falar...

Te amo te amo muito e não te amo por pouca coisa pois assumo que só ser amado por mim já é algo problemático e custoso.

sábado, maio 23, 2009

Em casa.

Começo a me sentir em casa.Já havia em mim o desejo gritante de por esse visual no meu canto.Não sei....quando o vi sabia que ele iria vir pra cá.Não veio antes por erros alheios a mim.Modernidades.Para elas paciência.Deu certo.Cá estou.E me vejo refletida em todas as cores e a forma espaço.É estranho mas sequer conseguia vir aqui e fazer algo tão óbvio quanto escrever.Todos temos o potencial de fazer histórias e escrevê-las.Ainda que sejam só por gestos.Há gente que escreve e faz amor somente por gestos.Dificíl compreender pois estamos habituados ao som, ao eu quero ouvir ler e dizer de volta também.
É sem dúvida um sentimento singular.
Mas suas manifestações nem tanto.
Mal sei como cheguei a este ponto no texto.
Talvez seja a madrugada e a neblina espessa que se anuncia lá fora e vem bem aqui cobrir meus pés de orvalho e embaçar tudo que sinto, digo e escrevo.
"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."

C.F.Abreu





Vens de repente com a voracidade
de um pássaro nocturno que não chamei
e a porta fecha-se sobre as minhas ancas
e a noite bebe o hálito que largas na minha pele
enquanto os espelhos escondem o rasto
de todos os segredos que guardavas


Por momentos o amor desenha-se desta única maneira
mas eu sei que és apenas um inquilino temporário
habitando o meu corpo as horas que roubaste
em ondas de culpa e sombra


E sei também que hás-de sair de mim
como de um povo inimigo
procurando um gesto de perdão que não existe
e o amor torna-se subitamente um lugar incómodo
tenho pressa - dirás - tenho pressa
e a noite fecha-se do lado dos dedos
que procuram ainda o lugar do sono


Fica comigo - peço - mas tu não me ouves
e eu sei que vou voltar a esperar por ti na vida que me resta
e em todas as vidas - e em todas as mortes -
até ao dia em que definitivamente
despeças o teu corpo do meu
e eu repita - fica comigo -e tu desapareças


Como quem esteve só à espera
de ventos favoráveis
(alice vieira)






Prece


Deus se és meu criador como todos o dizem, não vou me perder em lamentações de sentimentos que sabes que já existem.Talvez um pedido direto seja mais rápido já que a criação do homem não levou mais do que o tempo de esculpir um jarro mal feito.Então me contento em somente em te pedir pra que me ajude a entender minha própria incoerência que acompanha linearmente a incoerência do mundo.


sexta-feira, maio 22, 2009

Retornos.


Eu tinha prometido não ficar em silêncio 
não perder o contato não deixar de fazer parte da vidas das pessoas.
e promessas não honradas pra mim são algo muito grave.
eu tinha prometido não me tornar uma estranha alguém que mal diz oi
 ou que não conta as coisas com a mesma disposição de outrora.
Falhei em tudo.
Ainda não falhei em reconhecer a própria falha
E de escolher os meios certos pra gritar.
Eu queria acertar todos os minutos.
Mas insisto em marcar meus compromissos por relógios desajustados
Só quero vir aqui e dizer tudo que eu dizia antes.
Que me cansei da luta
E que tenho no coração ainda o melhor que cada um me deu.
Não posso apontar responsáveis se sequer existem culpas
Assim como julgamentos não existem sem erros ou réus
Posso apenas dizer que o caminho nem sempre é tão claro

E que ainda me perco em curvas sinuosas de estradas que não ouso percorrer.

Vou por todos os links de vocês de novo...layout novo tem dessas...

Saudades..juro...

terça-feira, abril 21, 2009

ela

tempo de curar feridas de morrer nascendo e de nascer vivendo..

tempo de não mais olhar o caminho que tomei...e somente seguir em frente..como um trilho de um trem que só pode tomar um rumo...

do preto e branco dos meus dias pego todas as cores da minha tinta preta e todas as cores de luzes do meu branco...

faço-me aquarelável...com um pouco de água crio uma matiz diferente da que já estava...

já nao atendo pelo meu nome

já me desfaço na fumaça que some

já sou apenas uma alcunha de pronome

[ela]

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"É que por vezes me sinto como um outdoor , desses de rua , que tem uma mensagem até interessante , que você lê , presta atenção , mas na outra esquina já esqueceu.

Eu me sinto assim , sinto as vezes teus olhos atentos mas sei que esqueces a minha mensagem , a essência dela . Eu me sinto esquecida.Mas eu acho que outdoors também são necessários - e tristes."

Mandy Paunelak, linda, suave e a mão que desenha a palavra e ar.

domingo, março 29, 2009

abraços.

E então eu te abracei...não como quem abraça um corpo, um ser, um igual, mas como quem abraça um ideal para vida inteira, um sonho nunca revelado, uma fé inquestionável.

E então o mundo e todas as suas pequenas e grandes complexidades passaram a fazer um sentido absurdo para mim.

E então toda a loucura da vida me pareceu tão lúcida

E então todos os milagres me pareceram tão realizavéis

E então todas as ilusões me pareceram tão....reais.

sábado, março 28, 2009

brilhavam

e por condição de brilho era impossível de não serem notados

ofuscava todo o resto que podia ser interessante..

guiava como uma luz mas ali não havia túnel

não estava escuro

ainda assim tudo começava e terminava

naquilo que ofuscava todo o resto

por condição de existência

perturbava só por estar presente..

chamava....cegava.....um tom só...mas não refletia...

 

 

era incandescente..pela própria combustão e pela própria morte do eu

gerava sua luz..

não era de várias cores

nem um objeto prismático...

mas queimava...brilhava...seduzia.....

 

 

 

(se consumia e ao mesmo tempo renascia)

 

 

 

 

 

e que tal você brilhar na minha noite?

e que tal você brilhar no meu céu?

e que tal todas as estrelas voltarem para onde vieram?

migrações

Com tempos separados em começo meio e fim apanhou o que lhe servia de útil e foi embora.Quebrou relógios machucou os punhos enfim.Cresceu.E disse tchau porque adeus era sempre uma palavra que nunca se cumpria.


Como um ateu sem oração...


Como um braço sem mão
Como pés sem chão
Como um cristão



sem irmãos




Como uma pedra sem sapato
Como lagoa sem patos
Como cama sem estrado
Como o fato sem acaso



 caso sem fato


Como as pessoas procurando ruas
Como teus procurando suas




Como luas...como cruas.....

quinta-feira, março 26, 2009

prelúdio do encontro.

encontrar-te
foi como um pequeno espetáculo de flores cerejeiras
invadindo mais uma primavera japonesa 
muito lindo, aos olhos de quem vê 
E tão natural aos olhos da própria flor que só cumpriu o seu papel.
(naturalissímo portanto diante da minha visão.Era esperado que te pertencesse)
Quero me mudar temporariamente para dentro do teu corpo.
E eternamente para dentro da tua alma.
São sonhos embalados por músicas ainda não feitas ou tocadas.
São as harpas dos anjos regidas por um único maestro.
Um único senhor de todos os céus que imaginei
E o espetáculo é precioso justamente por não ter platéia
Nem um único aplauso

quarta-feira, março 25, 2009

Destino.

Caminhar numa imensa multidão de rostos, sem identificação.
Voltar para casa no fim do dia com a sensação de que não se viveu mais tantas vinte e quatro horas como deveria ou como gostaria ou que simplesmente não se viveu mesmo apenas deixou escorrer pelos dedos cada minuto, como pequenos pedaços de areia de um relógio de vidro que ninguém mais usa pois não é pequeno o suficiente moderno, o suficiente.Deixando as coisas escoar.Água dos banhos, lágrimas dos dias tristes,pó de asfalto do caminho a tantos lugares, as obrigações, o vento, os pensamentos que surgem e somem na mesma velocidade da utilidade que eles tem (ou que julgamos que eles devam ter.)
Tudo se esvaindo em pedaços de horas, minutos e segundos.E parece por vezes tão desnecessárias tantas horas que se você pudesse trocar algumas horas por alguns segundos vividos de outro modo menos previsível e medíocre do que acordar e fazer aquilo que ter que ser feito, você o faria sem achar que está deixando de viver algo.Se sentiria muito mais humano muito mais perto de si mesmo.As horas te pertencem mas você não dá a quem gostaria de dar a preciosa atenção, a doce magia particular de gestos únicos que só quem te reconhece sabe o que significa, sua quota diária de minutos ficam por conta de ter que encarar multidões com rostos incógnitos e sem sentido. As horas te pertencem mas você não pode usar como gostaria.O tempo só serve para nunca termos tempo para nada.

Ao menos não para o que realmente queremos.

É tudo extremamente inútil.
Relógio é invenção de quem não sabia o tanto que um peso de um ponteiro pode doer.O tanto que pode se arrastar aos nossos olhos o tempo marcado pela espera.Aquela forma que aponta para o céu marcando segundos mais parece uma guilhotina.Prestes a nos matar de tédio, frustração ou mesmo velhice.

segunda-feira, março 23, 2009

E então ela sorriu.

Ao contrário do que era esperado ela sorriu.A mãe havia partido para um lugar do qual não voltaria, boas parte das suas tentativas tinham fracassado por completo e dezenas de coisas não estavam no lugar que deveriam estar.

Não tinha o trabalho que a remunerasse bem e a reconhecesse pelo seu esforço (como tantos), não tinha o cabelo que gostaria de ter (como tantos), não tinha o corpo perfeito (como tantos), e vivia desistindo temporariamente daquilo que acreditava por mero cansaço (como tantos).

Mas sorriu.Porque via prazer na vida, na luta diária e em ser contraditória

Ser o que todos esperam era triste demais.Ser como tantos era tedioso demais, o bastante para não querer ser generalizada em mais nada.E portanto sorriu.E muito.

quarta-feira, março 18, 2009

O bom (ou apenas a afável arte de julgar)


Carissímo.




Com o orvalho da madrugada sobre as folhas marrons e verdes ao chão pude me lembrar com exatidão do teu rosto.Talvez a minha vida seja sempre uma eterna tentativa de metaforziar tudo.Mas sem dúvida nessa imagem que te descrevo floresce você.A água que pousa na folha ao cair da noite e só ainda está pela manhã porque não pode secar.O desmazelo e a bagunça desordenada com a qual as folhas se posicionam ao chão e nos galhos.A sensação de frio que o orvalho passa e aqueles pequenos pedaços verdes chorando lágrimas que antes não lhe perteciam.Esse retrato não é humano.Esse retrato é todo teu.
Assim deveríamos ser,como árvores que deixam suas folhas plumando pelo vento e que não tenta se enquadrar em nada.Apenas seguem o seu curso.Não tenta se encaixar no que é bom e somente da folhas e frutos seguindo sua natureza.Árvores diferentes dão frutos diferentes concordas?Parece-me óbvio.Somos árvores.Diferentes.Não entendo então a tentativa de outras árvores dizerem como devemos conceber os nossos frutos.Esta é a afável arte de julgar.Uma violação portanto, afinal crês que uma cerejeira um dia se sinta obrigada a gerar morangos?
Minha árvore de sandâlo ainda que finquem machados em ti exalas um perfume tão suave.Compreender porque orvalhas tanto e com tanta dor e também porque cismas em deixar cair tuas folhas em plena primavera é entender um pouco de mim mesma.Pois sou rosa sem espinho e um vaso de planta liberto.Estou fixa mas plumejo folhas por aí.Voam longe.Até tocar teus ombros.

terça-feira, março 10, 2009

Desquereres.

Hei de arder sozinha,como brasa remanescente de uma fogueira festiva jogada a um canto de areia, com restos de cinza e um que inéxplicável de maresia e solidão.Que fiquem com suas doutrinas nobrezas gentilezas risos alcóolicos forjados e seus sentimentos nobres de almas limpas e corretas.Eu quero a sujeira o ópio, a larica do drogado a sífilis da prostituta falida.O resto que ninguém quer e que eu valorizo.A sucata desgastada e esquecida daquilo que um dia foi útil e bom.As flores.Que sejam murchas.Ainda são flores ainda que sem água e sem cor sem vida.Quero a nobreza de quem come lixo e ainda diz.obrigada.Sou inútil aos olhos do mundo, e uma deusa aos olhos do meu próprio destino que depende das minhas escolhas.Não quero a rosa.Quero a urtiga.Que me faz reagir ficar vermelha me incomodar.Não quero odores agradáveisnão são eles que nos fazem banharmo-nos de água e nos renovar.Eu nado no lodo procurando a lótus.Eu me jogo no poço procurando a água.Eu me enveno de sonhos procurando a calma.

terça-feira, março 03, 2009

Insetos.

Formigas são conhecidas por serem extremamente esforçadas,trabalhadoras e pragmáticas.Enfim.São insetos não sei porque exatamente um ser humano seguiria este padrão de organização social.Basta pensar que as formigas usam umas as outras de ponte para chegar ao tão sonhado açúcar.E geralmente essas que são usadas como ponte já estão mortas afogadas naqueles mimosos pires com água que as vezes colocamos para impedir justamente isso.
Não só parece.É meio estranho pensar num ser humano fazendo cadáveres de ponte para conseguir comida.Em meios primitivos talvez essa sensação diminuísse, mas em condições de paz social biológica e derivados é óbvio que esse tipo de coisa é abominável embora estejamos sempre sendo insetivados a pisar uns nos outros em condições naturais, onde você não precisa submergir ninguém para emergir.E ainda assim o fazemos.
Não sou nada pragmática.Ponto.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Olha eu juro que eu peguei muitas vezes no telefone no meio da madrugada pra te ligar.Só pra falar sobre nada já que tinhamos um pré-pacto de disponibilidade eterna, de zeramento de horários ou obrigações ou outras coisas.Não liguei porque a vontade de te ouvir era submissa a tantas outras vontades e confesso que não queria me tirar o encanto de imaginar você dormindo.