terça-feira, março 10, 2009

Desquereres.

Hei de arder sozinha,como brasa remanescente de uma fogueira festiva jogada a um canto de areia, com restos de cinza e um que inéxplicável de maresia e solidão.Que fiquem com suas doutrinas nobrezas gentilezas risos alcóolicos forjados e seus sentimentos nobres de almas limpas e corretas.Eu quero a sujeira o ópio, a larica do drogado a sífilis da prostituta falida.O resto que ninguém quer e que eu valorizo.A sucata desgastada e esquecida daquilo que um dia foi útil e bom.As flores.Que sejam murchas.Ainda são flores ainda que sem água e sem cor sem vida.Quero a nobreza de quem come lixo e ainda diz.obrigada.Sou inútil aos olhos do mundo, e uma deusa aos olhos do meu próprio destino que depende das minhas escolhas.Não quero a rosa.Quero a urtiga.Que me faz reagir ficar vermelha me incomodar.Não quero odores agradáveisnão são eles que nos fazem banharmo-nos de água e nos renovar.Eu nado no lodo procurando a lótus.Eu me jogo no poço procurando a água.Eu me enveno de sonhos procurando a calma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário