segunda-feira, setembro 24, 2012

por agora

Por agora somente posso lembrar da lembrança do que era tua mão sobre minha.Teu olhar sobre o meu.Teu passo enlaçado ao meus caminho.
Mas não com menos amor que senti no momento em que vivi relembro cada hora marcada no relógio da experiência de saber que poderia contar contigo.Para sempre.
E não é com menos intensidade que eu digo adeus a tudo que eu te prometi um dia.Os olhos o corpo e alma.E todo o encanto vai para um sepulcro devidamente ornado e apropriado para algo tão precioso mas que morreu como uma semente estéril que nunca pode germinar ou uma flor que não pode virar fruto.
Por agora eu deixo pra traz a tua voz rouca os conselhos tortos as horas perdidas os dias amanhecidos em união.Pois em algum momento tua mão soltou a minha e teus pés foram sozinhos e eu permaneci parada incapacitada como se tivessem levado meus próprios pés e mãos mesmo eles estando lá o tempo todo.Porque tu eras o maestro do meu corpo o Chakra vital da essência que me movia.
Deixo porque eu agora preciso reaprender a andar e a ser minha.E se um homem um dia estiver ao teu lugar lembarei claramente de manter meu punho sobre o dele o não sob sua palma.Lembrarei que meu passo deve estar sempre paralelo ao dele e não enlaçado como era ao teu.E que se um dia minha mão for solta novamente meus olhos não se curvarão em lágrimas diante da despedida.

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