sábado, maio 24, 2014

diretamente

Dificilmente falo de mim diretamente. Desde que aprendi o exercício da metáfora sempre optei por escrever com sutilezas. Que talvez só eu entenderia.
Mas hoje venho de modo muito humano dizer que acordei mal. Quebrei uma xícara e em vez de começar o dia tomando café fui limpar o quarto. E tudo me doía. Stress talvez. O magistério me devolveu minha gastrite também. Tomei um dorflex ineficaz e fui pra aula de piano tentando ter a postura correta com tudo doendo até o juízo. Voltei pra casa e como meu corpo parecia pesar o mundo inteiro.
Procurei atenções afeto carinho. E foi tudo muito vazio. Saí na garoa e no frio pra comprar medicações. Voltei. Meus olhos doem e minhas dores estão tais e quais como quando eu acordei. Polainas cobertas e solidão. E por fim mão que eu precisava desde cedo pra fazer o que eu precisava e fiz hoje foi a que está no fim do meu punho.

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